pARA FOUNDERS > 
Aceleração

Cinco dicas para aproveitar ao máximo as mentorias de aceleração em 2024

Felipe Junges
Analista de Aceleração da WOW

Há 2 anos eu tenho atuado no programa de aceleração da WOW Aceleradora, que tem como uma de suas principais entregas um processo estruturado de mentoria, principalmente no sentido de fazer a conexão entre os desafios que as startups que investimos vivem, com mentores da nossa comunidade que possuam as expertises para apoiar nestes desafios. Trago aqui 5 dicas de como aproveitar ao máximo um processo de mentoria para startups em early stage.

1. Foque no fit com seu negócio:

Para iniciar um processo de mentoria, assume-se que a startup tenha algum networking para poder se comunicar com pessoas qualificadas. Desta forma, busque por conexões que tenham fit com a sua startup, suas necessidades e com o momento atual do seu negócio. Entenda qual o mercado que sua startup atende, qual o estágio atual da solução e das métricas da empresa, e o quão dedicado seu time está. Existem parceiros que atendem melhor startups ainda com a ideia no papel, sem até mesmo estar rodando um MVP; existem outros que apoiam startups já operacionais, buscando adquirir seus primeiros clientes e validar a solução; ou começando a tracionar e tentando atingir Product-Market Fit. Cabe ao empreendedor discernir sobre qual oportunidade faz mais sentido em relação às suas necessidades, de forma que as mentorias oferecidas consigam agregar mais valor também.

2. Abra o capô para quem estiver realizando as conexões:

A aceleradora conecta startups com mentores de acordo com os desafios que elas enfrentam. Por exemplo, se a startup traz algum desafio em vendas complexas, a aceleradora conecta esta startup com algum mentor que entenda de vendas complexas. Desta forma, o apoio fica personalizado, e os mentores conseguem ajudar os fundadores a pensarem novas hipóteses e ideias eles podem testar e validar, ou caminhos que já foram testados antes e que não deram certo. A dica é a startup “abrir o capô”, sem omissão de detalhes para o parceiro que estará fazendo essa conexão, e constantemente trazer os desafios que aparecem no dia-a-dia para pessoas que tem potencial de ajudar. Quanto mais essa pessoa souber sobre o seu desafio, mais qualificada vai ser essa conexão.

3. Seja proativo:

Os mentores costumam ter agendas escassas, então é importante garantir ao máximo que os encontros aconteçam. Dessa forma, o empreendedor ser proativo e manter contato com o mentor para marcar novas reuniões é a melhor forma de garantir que o processo siga rodando e agregando valor à startup. Além disso, é importante que o empreendedor envie um feedback pós-encontro para o mentor, para este entender o que pode ser melhorado na conversa, assim como ter uma anotação do que já foi discutido e próximos passos em cada reunião.

4. Aproveite os benefícios a médio e longo prazos:

Os benefícios variam de acordo com as necessidades e jornada de cada startup. As mentorias podem ter resultados práticos a curto prazo, quando tratam de desafios pontuais, ou a médio/longo prazo, quando abordam temas mais estratégicos. Os empreendedores devem ser flexíveis e estarem abertos a reavaliar estratégias e abordagens conforme os insights dos mentores sempre que fizer sentido. Demora um certo tempo e muita validação de hipótese até a startup começar a escalar o seu negócio, e as mentorias agregam muito valor neste sentido caso os fundadores tenham as mentes abertas. Trazendo como exemplo, alguns anos atrás conectamos o Felipe Oliva, fundador da Squid, plataforma que conecta micro influenciadores com marcas que buscam atuar com marketing de influência, com o Tiago Ritter, fundador da W3Haus e mentor de longa data da WOW com grande expertise no mercado que a startup buscava atingir. Na época, a Squid possuía um modelo completamente diferente do atual. Ao longo das conversas, o Tiago, atuando como mentor padrinho, trouxe sua experiência e suas visões sobre o futuro do mercado e, depois de algumas mentorias, a startup pivotou o seu modelo de negócio e começou a tracionar até se tornar um dos maiores cases da WOW até hoje. Teve tanto o mérito do mentor, que colocou seu conhecimento na mesa com maestria, assim como da startup, que não foi "cabeça dura", adaptou o modelo de negócio e executou com qualidade.

5. Troque figurinhas com outros empreendedores:

As comunidades das aceleradoras não se limitam aos mentores, mas também contam com os próprios empreendedores investidos. Muitos deles já passaram por desafios que outras startups ainda irão passar, e a troca de conhecimentos costuma agregar muito valor. É uma forma do empreendedor se conectar facilmente a alguém que tenha dores semelhantes e ter um ótimo benchmarking, que também serve como uma mentoria.

Entendo que empresas são feitas de pessoas, não só pelas que atuam ativamente na operação, mas também pelas que apoiam com conhecimento e conexão. Neste segundo caso, entrar em um processo de aceleração é uma ótima forma de criar networking e ter acesso a mentores, qualificados e com sinergia, que possam apoiar nos objetivos e nos desafios que as startups enfrentam todos os dias. A WOW, dentro de todas as suas entregas, possui um processo estruturado de mentoria, que facilita o matchmaking entre empreendedor e mentor, apoia no processo de acompanhamento e, assim, aproxima de forma profunda startups early stage com sua comunidade que já conta com mais de 350 investidores-anjo, muitos com forte experiência empreendedora, e mais de 300 founders acelerados. É uma entrega de valor poderosa para startups que estão validando ou começando a tracionar seu modelo de negócio. Se você é um empreendedor early stage, recomendo fortemente que acesse wow.ac, conheça mais sobre a nossa entrega e se inscreva no processo seletivo.

Continue lendo